sexta-feira, 20 de julho de 2012
Nova página: Personagens / Atualização de página: Desenhos
Olá! Venho por meio desta (XD) informar que criei uma página com informações e desenhos dos personagens da série!! Temos por enquanto da Alissa, do Seth e do Scorpio. Logo vou postar também dos outros personagens de "Memórias da Lua Cheia". Pena ter que esperar muito tempo para os que ainda não foram revelados na série.
Devo adicionar que talvez, mais para frente, quando eu finalmente conseguir fazer um trabalho decente, eu altere o desenho do Scorpio. Como sempre, ele não ficou tão parecido assim com qualquer imagem que eu poderia criar na minha cabeça. Está praticamente um rascunho mais ou menos parecido, com detalhes faltando e características que nem sei direito quais são, mas que me incomodam muito. Nunca o desenho corresponde a minhas expectativas porque é muito difícil desenha-lo... Essa pessoa é uma incógnita até para mim se bobear... Haha.
Talvez eu até ficasse feliz com a aparência do Scorpio se o Seth não tivesse ficado tão mais bonito, mas... Caramba, o Seth ganha de 100 a 0 e isso não deveria acontecer!
De qualquer maneira, espero que gostem!
Os desenhos estão postos abaixo:
Quem quiser ver as informações deles, entre lá na página. Postar tudo aqui fica muito grande.
Em segundo lugar, estou aqui para dizer que postei uma seção inteira de novos desenhos na página "Desenhos: Memórias da Lua". Antes só havia arte digital, agora adicionei rascunhos também. Até faria todos eles como arte digital (é muito mais bonito), mas demora muito. Acreditem ou não, digital art não é apenas entrar no photoshop, selecionar a área, pintar e depois pedir para o programa por sombra. Você tem que contornar a mão/mouse, então pintar com o pincel, aí pegar um tom mais escuro e adicionar as sombras nos locais que você sabe que tem sombras (por esse motivo odeio cenários e nunca os faço). O cabelo tem que por brilho também, em pinturas mais detalhadas fazer fio por fio (o que é chato, mas fica lindo *o*)... Enfim, é um processo de no mínimo umas 4h... Já passei dois dias no mesmo desenho (saindo do computador só pra dormir) porque tinha muitos personagens... Para ser mais otimista, desenhos simples acho que já fiz em 2h. Infelizmente, perdi a caneta da grafic tablet em alguma gaveta ou lugar em alguma das duas cidades que eu moro e sem ela só dá para pintar no mouse e isso é muito demorado...
Enfim! Parando de jogar conversa fora, aqui alguns dos desenhos:
Mais desenhos na página. XD
Só preciso fazer um último comentário.... FINALMENTE ESTOU DE FÉRIAS!!!! \o/
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Memorias da Lua
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Resenha #4: Um Amor para Recordar - Nicholas Sparks
Autor: Nicholas Sparks
Não me lembro muito bem de como era o filme, mas posso dizer que o livro superou muito minhas expectativas. Quando fui ler, imaginei que seria uma história de amor como todas as outras. Para mim acabou sendo muito mais do que isso.
Jamie Sullivan é uma menina extraordinária. Ela é dignamente cristã, está sempre fazendo tudo o que é certo, como ajudar órfãos, ler a bíblia, confiar em Deus e tudo mais. Fiquei completamente encantada com ela, até porque passa a figura de um ideal cristão que todos deveriam seguir. Já Landon Carter é um garoto que, apesar de cristão, ia na igreja por obrigação, ficava tirando sarro do reverendo, não fazia as coisas direito, era visto até certo ponto como um delinquente (apesar de uma das únicas coisas ruins que fazia era comer amendoim no cemitério) e tudo mais.
Um dia ele acaba se vendo em um dilema de ter que chamar Jamie para ir ao baile com ele ou ficar sem par, então a convida. Jamie, depois de pedir ao pai, diz que iria ao baile com ele, mas lhe dá a condição de que ele não poderia se apaixonar por ela (como quase todos conhecemos do filme).
Logicamente, ele violou essa condição.
O que vem depois disso é melhor não comentar, se não vou revelar a história, só posso dizer que é encantador. É lindo o quanto Jamie se torna um agente transformador na vida de Landon, vale a pena ler. Isso é ainda mais bonito porque dado que Jamie é cristã, ela consegue mostrar a todos o que é esse "ser cristão" e dar um dos testemunhos de vida mais lindos que alguém poderia dar. As palavras finais do livro e os acontecimentos finais provam tudo isso. O mais lindo é que, apesar de ter agido de maneira mais extraordinária na vida de Landon, ela acaba por agir na vida de todos os que estavam a sua volta. Eu vejo Jamie como um anjo, aliás. Acredito que no livro todos a vissem dessa maneira.
Acredito que eu não tenha muito mais o que dizer a respeito desse livro, até porque ele só tem 150 páginas, se não estou enganada. De qualquer forma, vocês saberão melhor se o lerem e VALE A PENA! Para mim foi um livro inesquecível!! =)
Classificação: * * * * *
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Resenhas
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Céu estrelado
Sempre tive esse medo. Acordar em um quarto sozinha após um pesadelo e não ter alguém para recorrer. Acreditar que aqueles monstros eram verdadeiros e que eles sairiam debaixo da minha cama e me arrastariam para o mundo das trevas...
Era assim que eu via tudo. Via o mundo dos bruxos e da escuridão. Um local onde várias pessoas com cetros gigantescos e bolas de energia negra nas mãos me diriam que eu teria que me juntar a eles ou sugariam minha alma. Quando eu era criança, tinha minha mãe para me confortar, mas isso mudou quando cresci e, principalmente, quando perdi a memória... Os pesadelos e o medo do escuro, no entanto, eram os mesmos da infância.
Naquele dia eu acordei tremendo e sufocando. Mais uma vez. Mais uma vez com pesadelos. Eu já não aguentava mais.
Saí de meu quarto, andei pelo corredor e olhei para o teto. Estava escuro. Eu queria bater no quarto de Seth, correr para perto dele, abraça-lo e esconder-me em seus braços. Queria ficar para sempre ao seu lado. Somente ele conseguia afastar todas as ansiedades e preocupações. Era mais que meu remédio, era meu eterno melhor amigo, irmão e protetor...
Talvez no fundo do meu coração eu já soubesse que era muito mais do que apenas isso. Passei pela porta de seu ateliê e notei uma silhueta na varanda, observando a lua crescente no céu. Eu sabia que Seth odiava a lua, portanto era tão engraçado vê-lo quieto olhando para ela...!
- Você está bem? – perguntei.
Seth deu um salto e olhou para trás, assustado. Provavelmente não ouvira meus passos no corredor e jamais imaginara que eu poderia acordar e ir até ele.
- O que você está fazendo acordada?
- Você não respondeu minha pergunta.
Ele se virou de frente para mim. Percebi mais ou menos sua expressão, apesar de ser difícil ainda naquele escuro.
- Acenda a luz.
Ele estava desconversando de novo. Era melhor deixar quieto.
Apertei o interruptor e o quarto se encheu de luz, iluminando todos os seus quadros maravilhosos e também o seu rosto sério na varanda. Ele não abriu um sorriso para mim, continuou sério, observando-me. Quando nossos olhos se encontraram ele desviou para um ponto fixo atrás de mim.
- Então? Porque acordou? – perguntou finalmente, quando cheguei mais perto.
- Outro pesadelo.
- Tem certeza de que está tudo bem em dormir sozinha? Já é o terceiro que você me fala.
- Eu sei... – disse a ele, observando o luar.
Ele me observou por um tempo. Quando olhei de volta, voltou a se apoiar na divisória da varanda e olhar para o céu. As luzes das estrelas estavam espetaculares. Resolvi fazer o mesmo que ele e respirar fundo enquanto via o espetáculo de cores. Os monstros do pesadelo, ou melhor, o monstro, já começava a ir embora só por estar em sua presença e poder olhar para tão maravilhosa paisagem.
- Isso acalma tanto – eu disse a ele.
- Por incrível que pareça, algo no céu noturno também me acalma de vez em quando. Essas estrelas são muito bonitas. Eu adoraria pintá-las.
- Nunca vi você pintando o céu noturno – falei com sinceridade.
- Eu sei – ele abriu um sorriso. – Mas hoje ele parece mais bonito.
- Por isso estava observando tão atentamente?
Ele riu e não me respondeu. Tentei tomar aquilo como um sim, porque seu silêncio me provou que ele não diria muito mais do que aquilo.
- Sinto-me solitárias às vezes com esses seus trabalhos de ficar indo e vindo pela floresta.
- Desculpe-me. Tenho que fazê-lo.
- Ainda sinto sua falta.
- Desculpe.
- Pelo menos podemos ficar este tempo juntos.
- É... – disse ele mais uma vez bem curto com as palavras. Eu não gostava quando ele fazia aquilo. Queria dizer que Seth estava escondendo uma centena de pensamentos e sentimentos.
- Fale mais alguma coisa! – exclamei de repente, dando uma batinha fraca em seu ombro esquerdo.
- Hum?
- Não se faça de desentendido.
Ele riu alto. Aquilo era muito engraçado vindo dele. Geralmente Seth era sério, mas às vezes tinha aquela estranha risada de que era a pessoa mais feliz do mundo, além dos olhos brilhantes e cheios de vida.
- Acho que isso é um tipo bom de reação – tentei comentar como se não me importasse, apesar de minhas bochechas corarem muito.
- Sério? – perguntou ele, piscando um dos olhos.
Eu queria bater nele.
- Pare de desconversar! Você só está fazendo isso.
- Está certo. É que estou pensando muito.
- Podia colocar os pensamentos em palavras – observei.
- Não... São muito vergonhosos – disse ele, ainda com aquele sorriso maravilhoso nos lábios. Ele olhou para o céu, correu os olhos pelas estrelas, então caiu sentado no chão. Seus olhos encontraram os meus e ele sorriu ainda mais. - Às vezes a felicidade pode custar caro. Um momento de alegria, outro de solidão.
- Mais uma vez você não está expondo de verdade seus pensamentos.
- Será?
Soltei um resmungo irritado. Eu queria saber o que ele pensava tanto.
- Tentei explicar com mais palavras.
- Às vezes me pergunto se é certo tudo o que mais queremos que aconteça acontecer em alguns momentos, porque pode trazer ainda mais solidão e desilusão mais tarde. Uma luz que chega, vai embora de repente. É como a noite que cai, mas sem estrelas.
Pude entender pelo menos um pouco. Não sabia a origem daqueles pensamentos, mas era sempre assim com Seth. Era sempre assim comigo. Nós éramos sempre estranhamente parecidos em momentos e pensamentos aleatórios, principalmente nos tristes e filosóficos. Talvez nos sentíssemos sempre da mesma maneira.
- Acho que entendo isso... Eu estava saindo do meu quarto agora pouco e desejando muito ver você por causa de meu pesadelo, e eis que você estava aqui. Se não estivesse, eu me sentiria ainda mais solitária.
- O mesmo para mim.
- Sério?
- Estava desejando que você aparecesse. Eu queria te ver... Quando vi o céu estrelado, só pensei em você aproveitando esse momento comigo. Eu sei o quanto você também gosta de paisagens bonitas.
- É... – sorri, deixando meu corpo escorregar até eu estar sentada ao seu lado, olhando também para as estrelas.
- Expus pelo menos parte do que eu estava pensando. Feliz agora?
- Acho que sim – respondi com sinceridade, voltando a olhar para ele.
Nossos olhos se encontraram novamente, mas dessa vez, ele não os desviou, nem eu o fiz, porque não havia real necessidade. Era apenas um diálogo mudo, ou uma maneira estranha de dizer o que sentíamos... Apesar de eu ainda não entende-lo. Tudo o que eu conseguia ver era como seus olhos azuis eram os mais lindos que existiam. Conseguia enxergar a beleza de seus sentimentos, como os seus olhos tinham a estranha intensidade do quanto ele se importava comigo. Seu sorriso me traduzia também o quanto aquele momento era especial para ele. Eu não queria nunca desviar o olhar, queria continuar vendo seu sorriso e seus olhos doces, tão cheios de amor.
Ele os fechou de repente e se aproximou de mim. Seus lábios tocaram minha testa e ficaram ali por um tempo. Então ele deitou sua cabeça sobre a minha e, se aquilo já não fosse estranho demais, nossas mãos se encontraram e seus dedos entrelaçaram-se aos meus.
Não preciso dizer qual foi minha reação. Meu coração, minha respiração, meu rosto, meus sentimentos... Eu fiquei confusa. Verdadeiramente confusa. Eu não entendia porque eu gostava tanto quando ele ficava perto. Não entendia porque gostava tanto da sensação de sua mão segurando a minha, ou do modo como seus dedos se encaixavam entre os meus. Era tudo melhor do que um sonho.
Escorreguei minha cabeça para seu ombro e aquilo fez com que sua mão soltasse a minha apenas para envolver meus ombros em um abraço e segurá-la mais uma vez. Um calor inundava meu coração e um sorriso brilhava em meus lábios.
Fiquei observando nossas mãos dadas e não conseguia deixar de sorrir. Eu gostava daquilo. Gostava demais daquilo.
Ficamos assim por muito tempo. Ele não disse mais nada, eu também não disse mais nada. Acabei adormecendo... Acordei no dia seguinte em minha cama e fiquei me perguntando se aquele momento havia realmente acontecido...
Quando desci para o café da manhã, Seth havia saído e, quando voltou, estava meio quieto. Cheguei a conclusão que fora um sonho. Um estranho e maravilhoso sonho. Só descobri anos mais tarde que aquilo realmente acontecera.
Era assim que eu via tudo. Via o mundo dos bruxos e da escuridão. Um local onde várias pessoas com cetros gigantescos e bolas de energia negra nas mãos me diriam que eu teria que me juntar a eles ou sugariam minha alma. Quando eu era criança, tinha minha mãe para me confortar, mas isso mudou quando cresci e, principalmente, quando perdi a memória... Os pesadelos e o medo do escuro, no entanto, eram os mesmos da infância.
Naquele dia eu acordei tremendo e sufocando. Mais uma vez. Mais uma vez com pesadelos. Eu já não aguentava mais.
Saí de meu quarto, andei pelo corredor e olhei para o teto. Estava escuro. Eu queria bater no quarto de Seth, correr para perto dele, abraça-lo e esconder-me em seus braços. Queria ficar para sempre ao seu lado. Somente ele conseguia afastar todas as ansiedades e preocupações. Era mais que meu remédio, era meu eterno melhor amigo, irmão e protetor...
Talvez no fundo do meu coração eu já soubesse que era muito mais do que apenas isso. Passei pela porta de seu ateliê e notei uma silhueta na varanda, observando a lua crescente no céu. Eu sabia que Seth odiava a lua, portanto era tão engraçado vê-lo quieto olhando para ela...!
- Você está bem? – perguntei.
Seth deu um salto e olhou para trás, assustado. Provavelmente não ouvira meus passos no corredor e jamais imaginara que eu poderia acordar e ir até ele.
- O que você está fazendo acordada?
- Você não respondeu minha pergunta.
Ele se virou de frente para mim. Percebi mais ou menos sua expressão, apesar de ser difícil ainda naquele escuro.
- Acenda a luz.
Ele estava desconversando de novo. Era melhor deixar quieto.
Apertei o interruptor e o quarto se encheu de luz, iluminando todos os seus quadros maravilhosos e também o seu rosto sério na varanda. Ele não abriu um sorriso para mim, continuou sério, observando-me. Quando nossos olhos se encontraram ele desviou para um ponto fixo atrás de mim.
- Então? Porque acordou? – perguntou finalmente, quando cheguei mais perto.
- Outro pesadelo.
- Tem certeza de que está tudo bem em dormir sozinha? Já é o terceiro que você me fala.
- Eu sei... – disse a ele, observando o luar.
Ele me observou por um tempo. Quando olhei de volta, voltou a se apoiar na divisória da varanda e olhar para o céu. As luzes das estrelas estavam espetaculares. Resolvi fazer o mesmo que ele e respirar fundo enquanto via o espetáculo de cores. Os monstros do pesadelo, ou melhor, o monstro, já começava a ir embora só por estar em sua presença e poder olhar para tão maravilhosa paisagem.
- Isso acalma tanto – eu disse a ele.
- Por incrível que pareça, algo no céu noturno também me acalma de vez em quando. Essas estrelas são muito bonitas. Eu adoraria pintá-las.
- Nunca vi você pintando o céu noturno – falei com sinceridade.
- Eu sei – ele abriu um sorriso. – Mas hoje ele parece mais bonito.
- Por isso estava observando tão atentamente?
Ele riu e não me respondeu. Tentei tomar aquilo como um sim, porque seu silêncio me provou que ele não diria muito mais do que aquilo.
- Sinto-me solitárias às vezes com esses seus trabalhos de ficar indo e vindo pela floresta.
- Desculpe-me. Tenho que fazê-lo.
- Ainda sinto sua falta.
- Desculpe.
- Pelo menos podemos ficar este tempo juntos.
- É... – disse ele mais uma vez bem curto com as palavras. Eu não gostava quando ele fazia aquilo. Queria dizer que Seth estava escondendo uma centena de pensamentos e sentimentos.
- Fale mais alguma coisa! – exclamei de repente, dando uma batinha fraca em seu ombro esquerdo.
- Hum?
- Não se faça de desentendido.
Ele riu alto. Aquilo era muito engraçado vindo dele. Geralmente Seth era sério, mas às vezes tinha aquela estranha risada de que era a pessoa mais feliz do mundo, além dos olhos brilhantes e cheios de vida.
- Acho que isso é um tipo bom de reação – tentei comentar como se não me importasse, apesar de minhas bochechas corarem muito.
- Sério? – perguntou ele, piscando um dos olhos.
Eu queria bater nele.
- Pare de desconversar! Você só está fazendo isso.
- Está certo. É que estou pensando muito.
- Podia colocar os pensamentos em palavras – observei.
- Não... São muito vergonhosos – disse ele, ainda com aquele sorriso maravilhoso nos lábios. Ele olhou para o céu, correu os olhos pelas estrelas, então caiu sentado no chão. Seus olhos encontraram os meus e ele sorriu ainda mais. - Às vezes a felicidade pode custar caro. Um momento de alegria, outro de solidão.
- Mais uma vez você não está expondo de verdade seus pensamentos.
- Será?
Soltei um resmungo irritado. Eu queria saber o que ele pensava tanto.
- Tentei explicar com mais palavras.
- Às vezes me pergunto se é certo tudo o que mais queremos que aconteça acontecer em alguns momentos, porque pode trazer ainda mais solidão e desilusão mais tarde. Uma luz que chega, vai embora de repente. É como a noite que cai, mas sem estrelas.
Pude entender pelo menos um pouco. Não sabia a origem daqueles pensamentos, mas era sempre assim com Seth. Era sempre assim comigo. Nós éramos sempre estranhamente parecidos em momentos e pensamentos aleatórios, principalmente nos tristes e filosóficos. Talvez nos sentíssemos sempre da mesma maneira.
- Acho que entendo isso... Eu estava saindo do meu quarto agora pouco e desejando muito ver você por causa de meu pesadelo, e eis que você estava aqui. Se não estivesse, eu me sentiria ainda mais solitária.
- O mesmo para mim.
- Sério?
- Estava desejando que você aparecesse. Eu queria te ver... Quando vi o céu estrelado, só pensei em você aproveitando esse momento comigo. Eu sei o quanto você também gosta de paisagens bonitas.
- É... – sorri, deixando meu corpo escorregar até eu estar sentada ao seu lado, olhando também para as estrelas.
- Expus pelo menos parte do que eu estava pensando. Feliz agora?
- Acho que sim – respondi com sinceridade, voltando a olhar para ele.
Nossos olhos se encontraram novamente, mas dessa vez, ele não os desviou, nem eu o fiz, porque não havia real necessidade. Era apenas um diálogo mudo, ou uma maneira estranha de dizer o que sentíamos... Apesar de eu ainda não entende-lo. Tudo o que eu conseguia ver era como seus olhos azuis eram os mais lindos que existiam. Conseguia enxergar a beleza de seus sentimentos, como os seus olhos tinham a estranha intensidade do quanto ele se importava comigo. Seu sorriso me traduzia também o quanto aquele momento era especial para ele. Eu não queria nunca desviar o olhar, queria continuar vendo seu sorriso e seus olhos doces, tão cheios de amor.
Ele os fechou de repente e se aproximou de mim. Seus lábios tocaram minha testa e ficaram ali por um tempo. Então ele deitou sua cabeça sobre a minha e, se aquilo já não fosse estranho demais, nossas mãos se encontraram e seus dedos entrelaçaram-se aos meus.
Não preciso dizer qual foi minha reação. Meu coração, minha respiração, meu rosto, meus sentimentos... Eu fiquei confusa. Verdadeiramente confusa. Eu não entendia porque eu gostava tanto quando ele ficava perto. Não entendia porque gostava tanto da sensação de sua mão segurando a minha, ou do modo como seus dedos se encaixavam entre os meus. Era tudo melhor do que um sonho.
Escorreguei minha cabeça para seu ombro e aquilo fez com que sua mão soltasse a minha apenas para envolver meus ombros em um abraço e segurá-la mais uma vez. Um calor inundava meu coração e um sorriso brilhava em meus lábios.
Fiquei observando nossas mãos dadas e não conseguia deixar de sorrir. Eu gostava daquilo. Gostava demais daquilo.
Ficamos assim por muito tempo. Ele não disse mais nada, eu também não disse mais nada. Acabei adormecendo... Acordei no dia seguinte em minha cama e fiquei me perguntando se aquele momento havia realmente acontecido...
Quando desci para o café da manhã, Seth havia saído e, quando voltou, estava meio quieto. Cheguei a conclusão que fora um sonho. Um estranho e maravilhoso sonho. Só descobri anos mais tarde que aquilo realmente acontecera.
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Desafio,
Memorias da Lua
terça-feira, 3 de julho de 2012
Memórias da Lua Cheia
Olá pessoas!
Hoje trago aqui a capa do primeiro volume da minha série! Finalmente consegui entender como transformar o arquivo PDF em JPG... Haha! É bem fácil pelo programa que tenho, mas minha preguiça me consumiu até hoje...
Aliás, da-lhe preguiça porque eu deveria estar estudando Circuitos Elétricos e não estar postando essa capa aqui! Tenho prova em dois dias e os números complexos e as milhares de fórmulas de potência estão me deixando meio maluca... Faculdade em fim de semestre é um horror...
De qualquer forma, espero que gostem!
Sinopse:
Ela estava sem memória e sozinha, perdida em uma floresta durante uma noite de lua cheia em que os lobos uivavam perigosamente. A única informação que tinha sobre si mesma estava em um bilhete borrado pela chuva que dizia que seu nome era Alissa.
Quando jurara que se tornaria comida de lobos, ele aparece. Um rapaz que em seu primeiro momento parece ter vontade de matá-la, mas logo em seguida resolve misteriosamente salvar sua vida e cuidar dela até que alguém apareça em sua procura.
Por mais que tivesse expectativas, ninguém nota seu desaparecimento, levando-a a ter que morar com aquele rapaz repleto de segredos, que ela conhece na floresta. Com o tempo um romance começa a surgir entre eles, mas ainda havia um mistério: um homem misterioso e atraente que desenvolve um interesse imediato por ela.
Alissa então descobre que sua perda de memória não era exatamente o que ela imaginava e que o mundo era muito mais cheio de mistérios e magia do que ela imaginava ser.
Algumas informações sobre a série:
Inicialmente ela foi feita para ter três volumes, sendo este o primeiro deles, o Memórias da Lua Cheia, o segundo um que estou escrevendo no momento, cujo nome ainda deixarei em suspense, e um terceiro que digo o mesmo. Tenho um receio de ter que dividi-los em mais volumes, já que só o primeiro tem 552 páginas e o segundo vai ser muito maior que o primeiro e o terceiro ainda não tenho muita ideia do tamanho.
Nas minhas férias planejo montar um site apenas a respeito da série, mas é apenas um projeto.
Memórias da Lua Cheia será lançado na segunda quinzena de julho pelo selo Novos Talentos da editora Novo Século!
Se alguém tiver alguma dúvida, pode mandar um email para mim: andressaandriao@yahoo.com.br
Até mais!
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